PL prevê proibição de remuneração para empresas de radar com base em percentual sobre multas m6m6x

A matéria pretende alterar o CTB para proibir que empresas de radar recebam remuneração com base no número de multas aplicadas pelo equipamento. 4g2r11


Por Mariana Czerwonka
Remuneração de radar com base em multa aplicada
Conforme o senador, esse tipo de remuneração fere o princípio da moralidade istrativa. Foto: Pixabay.com

Vedar a remuneração de empresas prestadoras de serviços de instalação e manutenção de equipamentos de fiscalização eletrônica do trânsito (radar) com base em percentual sobre multas de trânsito aplicadas.  Esse é o tema do PL 2721/22 que começou a tramitar no Senado Federal.

De autoria do senador Guaracy Silveira (PP/TO), a matéria pretende alterar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para proibir que empresas prestadoras de serviços de instalação e manutenção de radares recebam remuneração com base no número de multas aplicadas pelo equipamento.

Conforme o senador, esse tipo de remuneração fere o princípio da moralidade istrativa.

“Não se pode itir que a empresa contratada pelo Poder Público tenha interesse econômico na aplicação de sanções aos infratores de trânsito. A tolerância a essa prática enseja o estabelecimento da denominada “indústria da multa”, ou seja, quanto mais se multa, mais se ganha. Tem-se nessa hipótese verdadeiro desvio de finalidade, pois o objetivo primordial da fiscalização do trânsito não é gerar lucro, mas sim prevenir o cometimento de infrações”, argumenta.

Ainda de acordo com Silveira, as dúvidas acumulam-se. E isso induz à desconfiança do uso indevido dos aparelhos eletrônicos. Para ele, os recursos arrecadados devem reverter para a melhoria das vias, da sinalização, ou para a educação dos usuários do trânsito. “Cabe ao Legislativo Federal, propor normativa nesse sentido. O objetivo seria inibir, definitivamente, contratos que utilizem como base para o cálculo da remuneração, os valores arrecadados com as multas de trânsito. Dessa forma, seria garantida a segurança jurídica dos contratos celebrados e o bem-estar da população”, conclui o senador.

Tramitação 6u1v25

A apresentação do projeto aconteceu no último dia 04 de novembro no plenário do Senado Federal.  

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