SP lidera ranking de segurança no trânsito; TO e MT têm os piores índices 6e4c4c
Os números referem-se ao ano de 2023 e foram antecipados à imprensa, com lançamento oficial previsto para agosto. 39543w

Um levantamento recente divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) coloca o estado de São Paulo como o mais seguro do Brasil em relação à mortalidade no trânsito. Com 10,9 mortes por 100 mil habitantes, a unidade federativa aparece no topo do ranking de segurança no trânsito.
O estudo, que integra o Ranking de Competitividade dos Estados 2025, utilizou dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para calcular o índice de mortalidade por acidentes em transporte terrestre. Os números referem-se ao ano de 2023 e foram antecipados à imprensa, com lançamento oficial previsto para agosto.
Ranking sobre o trânsito: disparidades regionais alarmantes 5x393m
Se por um lado São Paulo apresenta um cenário promissor, o levantamento evidencia uma preocupante desigualdade regional. No extremo oposto, estados como Tocantins (36,3) e Mato Grosso (33,3) registram taxas de mortes no trânsito que superam em mais de três vezes o índice paulista. Também aparecem com dados elevados o Piauí (28,1), Rondônia (30,0) e Roraima (24,7), todos com índices muito acima da média nacional de 17,17 mortes por 100 mil habitantes.
De acordo com o especialista Celso Mariano, diretor do Portal do Trânsito e da Tecnodata Educacional, a disparidade revela mais do que simples diferenças na infraestrutura viária.
“Estamos diante de um problema estrutural. Estados com menor densidade populacional, mas altas taxas de mortalidade, indicam falhas na educação para o trânsito, fiscalização precária e pouco investimento em prevenção. É preciso entender que o trânsito seguro não é apenas responsabilidade individual — é um reflexo da eficiência da gestão pública”, analisa.
Sudeste lidera em segurança; Centro-Oeste preocupa 5e243k
A análise por regiões também reforça a concentração da segurança viária no Sudeste, que detém a menor taxa média de mortalidade: 12,99 mortes por 100 mil habitantes. Além de São Paulo, o Rio de Janeiro (12,0) e o Distrito Federal (12,3) também aparecem abaixo da média nacional, destacando a efetividade das políticas locais.
Por outro lado, o Centro-Oeste preocupa: com média de 24,68 mortes por 100 mil habitantes, a região lidera negativamente. O número representa 44% acima da média brasileira, e se deve em grande parte ao desempenho de estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (24,3), que enfrentam desafios particulares como grandes áreas rurais, longas distâncias entre centros urbanos e infraestrutura insuficiente.
A importância da proporcionalidade populacional 495m53
O estudo também chama atenção para um fator frequentemente negligenciado nas análises estatísticas: a proporcionalidade entre população e número de óbitos. São Paulo, por exemplo, responde por 21,87% da população nacional, mas concentra apenas 13,94% das mortes no trânsito. Já Tocantins, com apenas 0,74% da população, é responsável por 1,64% das mortes — mais que o dobro do esperado.
O mesmo ocorre em Mato Grosso, que representa 1,80% da população brasileira, mas responde por 3,66% dos óbitos. Esses dados demonstram que a taxa por 100 mil habitantes não apenas reflete a segurança viária, mas também revela distorções importantes entre infraestrutura, políticas públicas e efetividade das ações de fiscalização e educação.
Caminhos possíveis para a reversão do cenário 1l4c6j
Para Celso Mariano, que há mais de 20 anos atua na educação para o trânsito, a solução a pela combinação de diversos fatores. “É preciso investir em campanhas educativas contínuas, na formação de condutores mais conscientes e na modernização dos sistemas de fiscalização. Estados que conseguem integrar tecnologia, educação e planejamento urbano colhem os frutos na redução de mortes”, afirma.
Além disso, Mariano destaca que os dados devem servir como alerta para a revisão de políticas públicas.
“O trânsito é uma das maiores causas de morte evitável no Brasil. A mudança exige compromisso de todos os níveis de governo e da sociedade civil. Sem isso, continuaremos a conviver com números inaceitáveis”, conclui.
Confira o ranking completo de óbitos no trânsito por 100 mil habitantes: 644l34
Estado | Mortes por 100 mil hab. |
---|---|
TO | 36,3 |
MT | 33,3 |
RO | 30,0 |
PI | 28,1 |
RR | 24,7 |
GO | 24,5 |
MS | 24,3 |
PR | 23,7 |
ES | 21,4 |
PB | 21,3 |
MA | 19,8 |
PA | 19,8 |
SC | 18,7 |
AL | 18,4 |
SE | 18,4 |
BA | 17,5 |
PE | 16,2 |
RS | 16,2 |
CE | 15,9 |
MG | 15,4 |
AP | 14,3 |
AC | 12,4 |
DF | 12,3 |
RJ | 12,0 |
RN | 11,9 |
AM | 11,1 |
SP | 10,9 |